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#Fica a Dica! por Elisa Tolomelli | DARK

A #dica de hoje é uma série que se tornou um fenômeno global. Primeira produção original Alemã da NETFLIX, foi eleita a melhor série original da história produzida pela plataforma no ranking do site Rotten Tomatoes, um agregador online de críticas de especialistas em cinema e séries de TV, desbancando sucessos como The Crown, Mindhunter, Black Mirror e Stranger Things. 

A minha #3ª dica é:

DARK (Alemanha, 2017) – Disponível na NETFLIX

Criada por Baran bo Odar e Jantje Friese

Sinopse: Quatro famílias iniciam uma desesperada busca por respostas quando uma criança desaparece e um complexo mistério envolvendo três gerações começa a se revelar.

Baseada em uma teoria de Albert Eistein de que o tempo não é linear, mas sim circular – “A diferença entre passado, presente e futuro é somente uma persistente ilusão” -, Dark é uma série complexa, repleta de mistérios, diferentes linhas do tempo e 72 personagens. Na trama, um buraco de minhoca permite que as pessoas viagem 33 anos para o futuro ou passado, de forma que a 1ª temporada se passa nos anos de 1953, 1986 e 2019.

Este passeio no tempo é certamente um desafio para a produção. Reconstrução de época já é uma tarefa difícil, imagine só acompanhar as mesmas locações e os mesmos personagens em intervalos de 33 anos? Um fator importante do roteiro que contribui para que o passeio no tempo seja possível sem grandes dificuldades de produção é a floresta, responsável não só para o clima sombrio e misterioso da série, mas também por ser um espaço natural que sofre menos com as transformações temporais. Um bom roteirista pensa nesta questão, pois sabe que a viabilização do roteiro é fundamental para sua realização.

Cada detalhe é pensado e planejado para que todos os elementos ofereçam informações relevantes para a história – um objeto, sozinho, pode situar o espectador na época em que a cena acontece, por exemplo. Neste contexto, vale ressaltar que a Netflix determina que todas as suas produções tenham características universais, ou seja, que possam ser compreendidas em qualquer lugar do mundo, sem barreiras culturais. Mas uma referência ou outra acaba passando, como é o caso do chocolate Raider mostrado na série, nome do nosso conhecido Twix  em alguns países da Europa até 1991. Certamente os alemães entendem a referência cronológica ao verem as embalagens ao longo da série. Não que seja fundamental para a compreensão da história, mas é uma sacada interessante.

DARK – 1ª Temporada – Episódio 1 – “Secrets”

Outra preocupação muito relevante em uma produção com essa complexa questão temporal é em relação ao elenco. A produção desenvolveu um trabalho cuidadoso, escolhendo atores com características físicas específicas para cada personagem ser facilmente identificado em suas diferentes idades ao longo da série, para não tornar ainda mais difícil a compreensão da trama. Para o brasileiro, nem sempre é uma tarefa fácil – nosso olhar tende a achar todos muito parecidos. Mas analisando personagem por personagem, é um trabalho incrível:

Personagens DARK | Antes e Depois

A cidade em que é ambientada a trama é Winden e, apesar de existir  uma cidade com esse nome na Alemanha, a da série é fictícia e representa o conceito do estilo de vida em vilarejos no país. O interessante é que Winden significa twist em inglês e funciona como um trocadilho em relação às mudanças radicais na direção da narrativa sempre quando achamos que estamos começando a entender. A complexidade é tanta que, no Brasil, diversos youtubers fizeram vídeos explicando os acontecimentos em ordem cronológica, árvores genealógicas das famílias, enfim, esmiuçando a trama para ficar mais compreensível. Mas basta assistir com atenção que certamente o espectador será fisgado pela criatividade e habilidade dos realizadores em contar uma história tão diferente do que estamos acostumados.

Um elemento fundamental da série, quase que um personagem, é a chuva, que funciona muito bem para a construção do trom dramático e misterioso. O interessante é que a 1ª temporada é integralmente filmada em Berlim e Bradenburgo, lugares em que as chuvas intensas são raras, principalmente no inverno – época em que foi filmada a série.  Milhares de litros de água foram utilizados nessas cenas – um esforço de produção, não só pela logística, mas também pela dedicação do elenco que enfrentou muita água no inverno cruel da Alemanha. Tudo pela arte!

Uma curiosidade é que a cena em que somos apresentados à família Nielsen, no primeiro episódio, foi filmada em um só plano-sequência e foram precisos mais de 70 takes até chegarem à cena que foi ao ar. Filmar em plano-sequência (um take único em que a ação se desenvolve  sem cortes) é realmente difícil. No filme Berenice Procura, que produzi em 2017, filmamos o plano-sequência de abertura na praia de Copacabana e foi uma experiência inesquecível (acompanhe o meu canal no YouTube pois teremos, em breve, essa cena comentada).

A 3ª e última temporada de Dark chega à plataforma no dia 27 de Junho e é surpreendente a coragem dos produtores em encerrarem uma série tão bem sucedida. É cada vez mais raro, uma vez que as produções insistem em continuar enquanto estiverem lucrando, mesmo que a qualidade não se mantenha. Alguns sites especializados em conteúdo audiovisual receberam os oito episódios finais de Dark antecipadamente e as críticas prometem que a série se transforma na melhor da Netflix. Para os fãs, é, sem dúvida, uma grande satisfação quando a produção sabe a hora de encerrar. E Dark nos deve muitas respostas.

 

 

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